Entre os dias 07 e 19 de dezembro, ocorreu a 15ª Conferência das Partes (COP 15), da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da ONU, em Montreal, no Canadá.
O evento reuniu um novo conjunto de metas para a conservação, proteção, restauração e gestão sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas para definição do chamado Marco Global para a Biodiversidade Pós-2020, que pretendeu a definição de um conjunto de metas e objetivos que guiarão a ação global sobre a natureza até 2030.
Enquanto a COP 27, realizada no Egito, abordou ações no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar a essas mudanças, a COP 15 tem o foco na CDB, um tratado adotado para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica e questões relacionadas.
A estrutura atualmente proposta para o novo plano da biodiversidade é de atingimento de 20 metas para 2030, divididas em três objetivos estratégicos: reduzir as ameaças à biodiversidade; atender as necessidades das pessoas pelo uso sustentável e repartição dos benefícios e utilizar as ferramentas e soluções adequadas para a implementação e integração das ações.
A COP 15 visa alcançar um acordo histórico para deter e reverter a perda da natureza, no mesmo nível do Acordo de Paris sobre o Clima de 2015. O que for adotado em Montreal será essencialmente um plano global para salvar a biodiversidade em declínio do planeta.
O Marco Global traz, ainda, o compromisso de toda a sociedade, incluindo o setor privado, no atingimento das metas e objetivos do plano. Essa, talvez seja uma das mais emblemáticas e expressivas intenções da proposta, já que deixa clara a relação direta entre a urgente necessidade global de integração de práticas de conservação da biodiversidade aos negócios.
Metodologia LIFE na COP-15 e lançamento da Coalizão LIFE de Negócios & Biodiversidade
A metodologia LIFE atende uma das metas do Marco Global, proporcionando métricas robustas para empresas realizarem ações adicionais em conservação decorrente de seus impactos não mitigáveis.
Por acreditar nos resultados efetivos da metodologia, a chamada “Coalizão LIFE de Negócios & Biodiversidade”, uma reunião de líderes empresariais comprometidos em acelerar a integração da biodiversidade nos modelos de negócio por meio de ações concretas e soluções transformadoras desenvolvidas pelo Instituto LIFE, foi lançada dia 15 de dezembro, na COP-15, às 15h15 do horário de Brasília, transmitida ao vivo a todo o mundo.
A Coalizão LIFE de Negócios & Biodiversidade foi lançada pelo Grupo Boticário, Permian Global, JTI e Itaipu Binacional. Essas empresas convidam demais líderes empresariais a se unirem à Coalizão e se tornarem protagonistas dessa transformação nos modelos de negócio. O evento contou com a participação de Braulio Dias, membro do Conselho Diretor do Instituto LIFE, Malu Nunes, diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Alice Alexandre, CEO da Permian Brasil, Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos da JTI (Japan Tobacco International), José Mauricio Coelho, CEO da C-Pack Creative Packaging, Ariel Scheffer da Silva, superintendente da Itaipu Binacional, Regiane Borsato, diretora Executiva do Instituto LIFE, Isaac Ramírez Macías, representante do LIFE na América Latina e David Alvarez García representante do LIFE na Europa.
Para Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS, “incorporar a natureza nos negócios deixou de ser uma demanda de viés filantrópico e de exceção, para constituir uma condição básica para a viabilidade de atividades econômicas com princípios ESG e para o posicionamento estratégico de corporações”, disse.
A Certificação LIFE é um reconhecimento concedido por terceira-parte, para empresas que aplicam a Metodologia LIFE e comprovam o desempenho positivo em conservação da biodiversidade, sendo o Instituto LIFE responsável por seu desenvolvimento e gestão. Ela foi foi idealizada por um esforço integrado da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Fundação Avina e pela empresa Posigraf.
A metodologia atende uma das metas do Marco Global, proporcionando métricas robustas para empresas realizarem ações adicionais em conservação decorrente de seus impactos não mitigáveis_Divulgação Instituto LIFE
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