Mais de 50 proprietários já aderiram ao Projeto para restauração de 300 hectares de áreas de preservação permanentes conectando remanescentes de vegetação nativa na Floresta com Araucária
O Conexão Araucária, projeto de restauração ecológica executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), chegou aos municípios paranaenses de Mallet, Paulo Frontin, São João do Triunfo, Palmeira e Irati.
O objetivo do projeto é recuperar um total de 335 hectares de áreas degradadas até 2021. Destes, 35 hectares já foram restaurados na Floresta Nacional de Piraí do Sul e 300 hectares são destinados exclusivamente ao apoio a pequenos produtores do sudeste paranaense para regularização das propriedades de acordo com o Código Florestal. Para isso, o Conexão Araucária inclui orientação técnica, entrega de insumos e mudas, além de mão de obra de plantio para os agricultores interessados em regularizar as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APP). Essas áreas são protegidas por lei e incluem as matas ciliares – vegetação que margeia rios e nascentes –, topos de morros e encostas, áreas fundamentais para garantir a conservação e qualidade da água e do solo.
“Utilizando diferentes técnicas de restauração, o projeto busca recuperar a cobertura vegetal nativa protegendo os recursos hídricos e mantendo a fertilidade do solo, ao mesmo tempo em que ajuda a recuperar a diversidade de espécies, inclusive as raras e ameaçadas de extinção da Floresta com Araucária”, explica a bióloga da SPVS e coordenadora do projeto, Maria Vitória Yamada Müller. Por isso, durante o ano de 2018, a equipe do projeto realizou o levantamento dos proprietários rurais interessados e mapeou os déficits de vegetação nativa. As mobilizações, que já passaram pelos municípios de São Mateus do Sul, Rio Azul e Rebouças, já contam com mais de 50 proprietários previstos para restauração.
Para o desenvolvimento do projeto, a SPVS conta com o investimento do Governo Federal via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio da empresa JTI, além do apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Água e Terra (antigo Instituto Ambiental do Paraná – IAP).